sexta-feira, 30 de abril de 2021

Semana Guimarães Rosa - Manuelzão e Miguilim



O romance regionalista de Guimarães Rosa, "Manuelzão e Miguilim", é dividido em duas narrativas: Campo Geral e Uma Estória de Amor.

Campo Geral narra a história da família e da vida de Miguilim no interior do sertão mineiro. O menino experimenta diversas situações típicas da infância, os medos, as brincadeiras. No entanto, uma experiência específica será decisiva para o seu amadurecimento: a morte do irmão mais novo, Dito. Pouco tempo depois desse trágico acontecimento, Miguilim é levado para trabalhar com o pai e a relação entre os dois se torna cada vez pior.

Após algum tempo, o menino adoece e chega mesmo a acreditar que vai morrer. Entretanto, uma tragédia com outro familiar acaba interrompendo o destaque que essas reflexões ganham na história. Bernardo, pai de Miguilim, mata um vaqueiro e em seguida se suicida. Com isso, o tio Terez se casa com a mãe do menino. Nesse momento surge um novo personagem, o médico. Com o restabelecimento de Miguilim, este homem desempenha um papel fundamental em sua formação, pois descobre sua miopia e lhe fornece seus primeiros óculos. A novela tem fim quando, acompanhado do doutor Lourenço, Miguilim deixa a casa em que viveu toda a vida e vai estudar na cidade.

Uma Estória de Amor é uma narrativa sobre os preparativos e a festa organizada por Manuelzão para a inauguração da capela para Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, construída em homenagem à sua mãe. A festa acaba envolvendo mais pessoas que o previsto, deixando Manuelzão preocupado. O organizador convida também um padre e a família de seu filho, Adelço, para a festa.

Apesar de não ter boa relação com o filho, Manuelzão tem grande admiração por Leonísia, esposa de Adelço. A beleza da mulher chega a provocar desejos inadequados no sogro, que vive um conflito interior.

Enquanto se desdobram os preparativos para a festa, o protagonista relembra antigas histórias, e por fim, quando chega o padre, a comemoração tem de fato início. No segundo dia de festa é celebrada a missa, que é seguida por mais danças e cantigas. Contadora de histórias, Joana Xaviel também ganha destaque no evento, narrando casos que entretêm a todos. Ao fim da narrativa, Manuelzão se sente mais jovem do que realmente é, a festa ajuda a recuperar algo de sua mocidade.
Fonte: Globo Educação

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Semana Guimarães Rosa - Noites no Sertão


Hoje trago a vocês a indicação de "Noites no Sertão", essa obra de Guimarães Rosa, que traz duas novelas, conforme você pode ler na sinopse a seguir:

“As duas novelas que formam estas Noites do sertão têm como traço comum a sexualidade como força arrebatadora que se sobrepõe a convenções e preconceitos, e pode levar homens e mulheres tanto à plenitude do prazer quanto ao encontro de si mesmos. A primeira, “Dão-Lalalão”, é a estória de Soropita, vaqueiro valentão, responsável por várias mortes, que se apaixona totalmente pela faceirice sensual de Doralda, mulher que é “o estado de um perfume. Respirar que forma uma alegria”. Surupita a tira de um bordel de Montes Claros para fazer dela sua esposa, mas, apesar da felicidade que experimenta ao seu lado, se ressente ainda de que algum de seus companheiros a reconheçam. “A segunda, “Buriti”, narra o envolvimento de quatro pessoas que vivem numa fazenda, num clima de extrema sensualidade que os vai envolvendo pouco a pouco e provoca as mais inesperadas aproximações”.

Publicada originalmente em 1956, ‘Noites do Sertão’ são duas novelas, a primeira é "Dão-Lalalão" que conta a história do vaqueiro valentão responsável por muitas mortes, que se apaixona por Doralda. Ele a tira do Bordel para fazer dela sua esposa, mas com o passar dos anos, passa a ter cada vez mais medo de descobrirem o passado da sua esposa.

“Amigo é: poucos e com fé e escolha, um parente que se encontrava. Um bom amigo vale mais que uma boa carabina.”

“Um homem não é um homem se escapa de não pensar primeiro na mulher.”

A segunda história é ‘Buritti’, que narra o envolvimento de quatro pessoas que vivem em uma fazenda, num clima de extrema sensualidade que os envolvem pouco à pouco e provoca aproximações inesperadas.

“Caminhando no vau da noite, se chega até na beira do Inferno. As pessoas grandes tinham de repente o ódio uma das outras. Era preciso rezar o tempo todo, para que nada não sucedesse. A noite é triste.”

“Então, o amor tinha de ser assim – uma carência na pessoa, ansiando pelo que a completasse?”

Fonte: Além de 50 tons

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Semana Guimarães Rosa - Biografia e Curiosidades


Hoje, neste post, você vai conhecer um pouco da história de João, um médico e diplomata que é considerado o maior escritor brasileiro do século XX e um dos maiores de todos os tempos.

O que esse João tem de tão especial? Talvez os seus sobrenomes, pelos quais o conhecemos, possa dizer algo: João Guimarães Rosa. Para quem tem o mínimo de conhecimento sobre a literatura brasileira, já basta associar Guimarães Rosa ao seu "Grande Sertão: Veredas".

Mas como foi o caminho até o reconhecimento? Vamos saber um pouco mais sobre a vida e obra de Guimarães Rosa, agora. Continue rolando a página e tenha uma boa leitura!

A vida de Guimarães Rosa

João Guimarães Rosa é mineiro, nascido na cidade de Cordisburgo, no dia 27 de junho de 1908. Filho de uma família simples, Guimarães Rosa muda-se para a casa dos avós maternos, em 1918, para concluir seus estudos, na capital mineira.

Essa mudança, talvez tenha significado muito para Rosa, não só pelos estudos em si, mas pela forte influência do seu avô, um médico, escritor, filósofo e professor. Morando com um avô assim, era impossível Guimarães Rosa não se apaixonar pelo conhecimento. E assim, o menino cresceu e tornou-se um dos escritores mais importante da nossa história.

Mas voltando ao menino João, em Belo Horizonte, o autor estudou no colégio Arnaldo, um dos mais conhecidos da cidade - em atividade até hoje. E desde muito novo, Guimarães Rosa se demonstrou um amante das letras e línguas estrangeiras. Essa paixão iria lhe render o cargo de diplomata futuramente.

Em 1930, Guimarães Rosa forma-se na faculdade de medicina. É neste mesmo ano que ele começa a colocar as suas “asinhas literárias” de fora, publicando seus primeiros contos na revista O Cruzeiro. Após a sua formatura, Rosa chegou a trabalhar no interior de Minas, mas por pouco tempo.

Carreira diplomática

Lembra que eu falei que a paixão por línguas estrangeiras renderia um cargo de diplomata a Guimarães Rosa? Pois bem, dominando nada mais que 9 idiomas, Guimarães Rosa parte para o Rio de Janeiro, em 1934, para prestar um concurso para o Itamarati. E não era de se esperar outro resultado.

Guimarães Rosa entrou para a diplomacia e, já em 1938, era cônsul-adjunto na cidade de Hamburgo, na Alemanha.

Bem, se vocês ligaram o ano ao país, sabem em qual contexto histórico Rosa foi para a Alemanha, certo?

Com início da Segunda Guerra e o rompimento das relações entre Brasil e Alemanha, Guimarães Rosa foi preso, em 1942, na cidade de Baden-Baden.

Mas esse não foi o fim da carreira diplomática de Guimarães Rosa.

No final de 1942, ele já tinha sido libertado e seguiu para seu novo posto como secretário da Embaixada Brasileira em Bogotá, na Colômbia. E, consolidando-se de vez como diplomata, entre os anos de 1946 e 1951, foi conselheiro diplomático em Paris!

Características das obras de Guimarães Rosa

Em suas obras, Guimarães Rosa escrevia com o jogo de palavras dinâmico, misturando uma linguagem muito formal, regrada, com a simplicidade do regionalismo.

E, sem contar que Rosa era como um rei do neologismo. Essa coisa de inventar palavras, formar novas palavras derivadas de outras, juntando duas palavras, era uma coisa totalmente diferente do que a gente vê comumente por aí.

Todo esse rompimento, justifica-se pelo movimento do modernismo brasileiro, Guimarães Rosa é um dos principais nomes da chamada 3ª fase.

Ainda sobre o aspecto linguístico, o regionalismo registrado nas falas de seus personagens é um fator que comprova a “existência” desses personagens, que segundo o próprio autor eram “criaturas de Minas: jagunços, vaqueiros, fazendeiros, pactários de Deus e do Diabo, meninos pobres, mulheres belas”.

Com relação aos enredos de suas obras, Guimarães Rosa traz o interior como ambientação geográfica, porém, segundo o próprio autor, isso não quer dizer que as tramas narradas são de exclusividade do jagunço, do vaqueiro ou fazendeiro.

Muito pelo contrário, a simplicidade do interior faz com que sua obra possa ser universal, porque permite a exploração de um outro espaço: o espaço psicológico, ou cósmico, como dizia Rosa.

A representação do interior, do sertão, serve como ilustração das condições psicológicas e filosóficas do ser humano. É aí que entra a universalidade das obras de Guimarães Rosa. A gente não precisa estar no sertão brasileiro para entender o clímax da trama, a gente só tem que notar que conflitos, tensões e as angústias que vivenciamos.

Prêmios

1937: 1º Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, pelo livro Magma;
1937: Segundo lugar no Prêmio Humberto de Campos, da Livraria José Olympio, pelo livro Contos;
1946: Prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira, pelo livro Sagarana;
1956: Prêmio Machado de Assis, Prêmio Carmen Dolores Barbosa e Prêmio Paula Brito, todos pelo livro Grande sertão: veredas;
1961: Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto da obra;
1963: Prêmio do Pen Club brasileiro, pelo livro Primeiras estórias;
1966: Recebimento da Medalha da Inconfidência e da condecoração da Ordem de Rio Branco.

Curiosidades de Guimarães Rosa
  • Casou-se com 22 anos com Lígia Cabral Penna. Tiveram duas filhas.
  • Com a mesma idade (22 anos) formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais.
  • Foi Médico Oficial do 9º Batalhão de Infantaria, em 1934, na cidade de Barbacena.
  • O único livro de poesia de Guimarães Rosa; Magma; foi escrito em 1936, porém só veio a ser publicado em 1997. Apesar disso, no ano em que foi escrito, o livro concorreu e venceu o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
  • Enquanto vice-cônsul, em Hamburgo, ajudou inúmeras vítimas do nazismo a fugirem, assinando o visto em seus passaportes.
  • Guimarães Rosa foi nomeado para Academia Brasileira de Letras, em 1963. Mas a sua posse ocorreu apenas no dia 16 de novembro de 1967, três dias antes de sua morte.
  • Representou o Brasil no II Congresso Latino-Americano de Escritores e do Conselho Federal de Cultura, em 1967.
  • Guimarães Rosa manteve uma cadernetinha no bolso durante um bom tempo. Consta que na época em que exercia a profissão de médico, costumava anotar frases, expressões e ditos populares, material que mais tarde serviria como matéria-prima para seus livros.
Frases

“A gente só sabe bem aquilo que não entende.”“Moço! Deus é paciência. O contrário, é o diabo.”

"Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal por principiar."

"A colheita é comum, mas o capinar é sozinho."

“Coração cresce de todo lado. Coração vige feito riacho colominhando por entre serras e varjas, matas e campinas. Coração mistura amores. Tudo cabe.”

“O senhor… mire e veja: o mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas — mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior.”

“O rio não quer chegar a lugar algum, só quer ser mais profundo.”

“Sorte nunca é de um só, é de dois, é de todos… Sorte nasce cada manhã, e já está velha ao meio-dia…”

“Quando o coração está mandando, todo tempo é tempo!”

Fontes: Bingo, Brasil Escola Uol e Saber Curiosidades


sexta-feira, 23 de abril de 2021

A Descoberta do Brasil

Caramuru - A invenção do Brasil 

É um filme brasileiro de 2001, do gênero comédia, dirigido por Guel Arraes e escrito por ele e Jorge Furtado. 

Sinopse 

O filme tem como ponto central a história de Diogo Álvares, artista português, pintor talentoso, responsável por uma das lendas que povoam a mitologia brasileira — a do Caramuru. Antes, porém, Diogo é responsável por uma confusão envolvendo os mapas que seriam usados nas viagens de Pedro Álvares Cabral. Contratado por Dom Jaime, o cartógrafo do rei, para ilustrar o precioso documento, ele acaba sendo joguete de uma francesa, Isabelle, que vive na corte em busca de ouro, poder e bons relacionamentos. Ela rouba-lhe o mapa e o artista é deportado. Na viagem, Diogo conhece Heitor, um degredado cult, quase precursor do que hoje em dia se conhece como mochileiro. Como muitas caravelas que se arriscavam, a de Vasco de Atahyde naufraga. Mas Diogo consegue chegar ao Brasil e o infortúnio acaba sendo um auxílio para dar início à história de amor entre ele e Paraguaçu, a índia que conhece ao chegar ao novo mundo, ao paraíso bíblico sonhado. 
Mais tarde, a história do náufrago iria se espalhar, assim como a lenda de que ele foi o primeiro rei do Brasil. O romance entre o descobridor e a nativa é, de fato, a história do triângulo amoroso entre Diogo, Paraguaçu e sua irmã Moema. Os três viviam em perfeita harmonia, sob os olhares do cacique Itaparica. Algum tempo depois, Diogo viaja para França para ser “condecorado” rei. Apaixonadas, Paraguaçu e Moema mergulham no mar atrás da caravela, mas só Paraguaçu chega à embarcação. Ela e Diogo continuam sua história de amor, com todos os impactos da cultura europeia na vida de uma linda índia.

Aproveitem! (Classificação indicativa: 12 anos)



quinta-feira, 22 de abril de 2021

Homenagem ao Dia do Índio

 


19 de Abril - Dia do Índio

O dia 19 de abril é uma excelente oportunidade de conscientização a respeito dos direitos dos povos indígenas e para conhecermos mais de sua trajetória.

A comemoração do Dia do Índio faz homenagem a uma ampla diversidade de povos que tiveram papel fundamental na formação cultural e étnica da população brasileira. Estando aqui muito tempo antes de os colonizadores europeus e dos escravos africanos, a população indígena desenvolveu uma rica cultura formada por diversos costumes, línguas e saberes que ainda se mostram vivos no interior da sociedade brasileira.

Quando e como os índios estabeleceram-se no Brasil?

O processo de instalação dos índios em nosso território é compreendido a partir das teorias que discutem a ocupação do continente americano. Segundo algumas pesquisas, os primeiros grupos humanos que aqui chegaram eram provavelmente oriundos de regiões da Ásia e da Oceania. Com o passar dos séculos, essas populações pré-históricas  espalharam-se pela América e, consequentemente, deram origem a uma infinidade de civilizações e culturas.

Relação dos colonizadores europeus com os indígenas

Ao longo da colonização, a relação entre os índios e os europeus foi visivelmente marcada pela lógica do conflito. Muitos colonizadores ambicionavam explorar a mão de obra indígena por meio da escravização desses povos. Sob o aspecto cultural, os índios sofreram um processo de aculturação promovido pela ação catequizadora dos padres jesuítas. Durante boa parte de nossa história, o índio era visto como uma figura “selvagem” ou “infantil” que precisava ser necessariamente “civilizado”.

Políticas públicas e direitos dos Índios

Somente no século XX, algumas políticas começaram a ser implantadas no sentido de promover a integração dos índios à sociedade brasileira. Apesar das boas intenções percebidas nesses esforços, muitos dirigentes e representantes do Estado não conseguiam ver uma política adequada que efetivamente respeitasse as peculiaridades que constituem a população indígena. Por muito tempo, o índio foi colocado sob a tutela do governo, configurando uma espécie de “cidadão menor”.

Atualmente, vários dispositivos legais procuram garantir uma série de direitos aos povos indígenas do Brasil. No entanto, os índios ainda sofrem com o interesse de fazendeiros, madeireiros e garimpeiros que tentam explorar as suas terras em benefício próprio. Em meio a esse conflito, o contato dessa população com os índios promove uma série de mudanças, que vão desde a instalação de epidemias até a mudança nas relações socioculturais que anteriormente organizavam esses povos.

19 de abril

De fato, o dia 19 de abril não serve apenas para celebrarmos a contribuição ancestral dos índios na formação da sociedade brasileira ou a necessidade de conservarmos a cultura indígena. Devemos primordialmente salientar a urgente demanda de se enxergar o índio como um cidadão que tem o direito de determinar o seu próprio destino. Não cabe à sociedade capitalista ou aos governos orientar as escolhas desses povos que há tanto tempo aqui se estabeleceram.

O vídeo a seguir, foi indicado pela Professora Letícia:




sexta-feira, 16 de abril de 2021

Clássicos da Literatura em Filme - Capitães da Areia


Hoje trago a vocês não somente o Filme, mas também o Livro Capitães da Areia, de Jorge Amado, que ainda não continha nesse Blog.

O Livro:

Desde o seu lançamento, em 1937, "Capitães da Areia" causou escândalo: inúmeros exemplares do livro foram queimados em praça pública, por determinação do Estado Novo. Ao longo de sete décadas a narrativa não perdeu viço nem atualidade, pelo contrário: a vida urbana dos meninos pobres e infratores ganhou contornos trágicos e urgentes. Várias gerações de brasileiros sofreram o impacto e a sedução desses meninos que moram num trapiche abandonado no areal do cais de Salvador, vivendo à margem das convenções sociais.

Verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e ambições: do líder Pedro Bala ao religioso Pirulito, do ressentido e cruel Sem-Pernas ao aprendiz de cafetão Gato, do sensato Professor ao rústico sertanejo Volta Seca. Com a força envolvente de sua prosa, Jorge Amado nos aproxima desses garotos e nos contagia com seu intenso desejo de liberdade.

O Filme:

Eles são desprezados pela sociedade e passam por todo tipo de dificuldade nas ruas de Salvador. Conhecidos como Capitães da Areia, o grupo liderado por Pedro Bala pratica pequenos delitos e vive de forma desregrada. A chegada de Dora ao Trapiche muda a rotina e as relações entre os garotos.

Classificação indicativa: 16 anos



quinta-feira, 15 de abril de 2021

Clássicos da Literatura em Filme - Memórias de um Sargento de Milícias


“Memórias de um Sargento de Milícias”, é um especial baseado no romance do escritor Manuel Antônio de Almeida. Com uma boa dose de humor, a atração conta a história do malandro Leonardo (Murilo Benício) que, depois de muitas confusões provocadas por suas conquistas amorosas, acaba se rendendo à paixão de uma moça, tornando-se um sargento de milícias. A direção é de Mauro Mendonça Filho. Esse especial foi ao ar em 1995, o ator interpreta um dos mais importantes anti-heróis da literatura brasileira.

O livro também já foi postado aqui no Blog e você pode compará-lo ao filme!

Bom filme a todos! :D



quarta-feira, 14 de abril de 2021

Clássicos da Literatura em Filme - Auto da Compadecida


Devido a grande visitação no Blog na semana anterior sobre esse tema, hoje trago a vocês o SUCESSO, de Ariano Suassuna, em livro e em filme.

O livro:

O “Auto da Compadecida” consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas. Apresenta na escrita traços de linguagem oral (demonstrando, na fala do personagem, sua classe social) e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.

O Filme:


O filme mostra as aventuras de João Grilo (Matheus Natchergaele) e Chicó (Selton Mello), dois nordestinos pobres que vivem de golpes para sobreviver. Eles estão sempre enganando o povo de um pequeno vilarejo no sertão da Paraíba, inclusive o temido cangaceiro Severino de Aracaju, que os persegue pela região. Somente a aparição da Nossa Senhora (Fernanda Montenegro) poderá salvar esta dupla.



sexta-feira, 9 de abril de 2021

Clássicos da Literatura em Filme - Vidas Secas

Vidas Secas (1963), dirigido por Nelson Pereira dos Santos, é baseado no livro homônimo do escritor Graciliano Ramos. Pressionados pela seca, uma família de retirantes composta por Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra Baleia, atravessam o sertão em busca de meios para sobreviver.

O livro também já foi postado aqui no Blog e você também pode compará-lo com o filme!

Divirtam-se! Vale a pena! :)



quinta-feira, 8 de abril de 2021

Clássicos da Literatura em Filme - O Cortiço

O Cortiço, dirigido por Francisco Ramalho Jr., é baseado no livro homônimo de Aluísio de Azevedo. Moradora de um cortiço de propriedade do português João Romão, Rita Baiana é uma mulher expansiva e liberal. Ao se apaixonar por Jerônimo, jovem lusitano recém-chegado ao Brasil, ela deflagra um jogo de paixões que acaba em tragédia.

Esse é mais um filme no qual temos o livro aqui no Blog e você pode compará-lo com a obra escrita!!

Espero que gostem! Bom filme a todos! :)




quarta-feira, 7 de abril de 2021

Clássicos da Literatura em Filme - Memórias Póstumas de Brás Cubas

O livro já foi postado, juntamente com sua resenha aqui no Blog, na Semana de Machado de Assis.

Hoje trago para vocês o filme baseado nesse Clássico da Literatura!

Memórias Póstumas de Brás Cubas (2001), dirigido por André Klotzel, é um das adaptações do livro homônimo de Machado de Assis. Após sua morte, no ano de 1869, Brás Cubas decide por narrar sua história e revisitar os fatos mais importantes de sua vida, a fim de se distrair na eternidade.

Divirtam-se! Espero que gostem e comparem com a Obra Escrita!



quinta-feira, 1 de abril de 2021

História - Ditadura Nunca Mais


No dia 31 de março de 2021, completam-se 57 anos do golpe militar de 1964, que deu início a uma longa e tenebrosa noite de 21 anos. Foram anos de graves violações de direitos humanos, mortes, torturas, desaparecimentos, execuções, exílio, censura e humilhações contra os brasileiros.

Desta forma, convido a todas e todos que assistam o Documentário "O Dia que durou 21 anos":



Não é segredo que o governo dos Estados Unidos é ágil para intervir na soberania de outros países quando lhe convém. O que nem todo brasileiro sabe é o grau de apoio do governo estadunidense ao golpe militar de 1964. O episódio derrubou o presidente João Goulart, eleito pelo povo, e deu espaço a um regime autoritário que desrespeitou direitos civis com práticas como a censura, a tortura e a morte.

O documentário, de Camilo Tavares, cumpre com louvor a missão de jogar luzes sobre esse período obscuro da História do Brasil. E o faz de forma bem fundamentada, exibindo documentos ultrassecretos da CIA e gravações de áudio originais da Casa Branca, fontes tornadas públicas há poucos anos.

Complementando seu trabalho com muitas entrevistas com estudiosos e personagens contrários e favoráveis à instauração da ditadura em terras brasileiras, Tavares explora temas como o papel do então embaixador estadunidense no Brasil, Lincoln Gordon, em todo esse processo; e a operação Brother Sam, que previa o posicionamento estratégico de uma frota naval na costa brasileira prestes a invadir o País caso houvesse resistência ao golpe militar.

Mas e qual foi, afinal, o motivo de toda essa preocupação dos EUA em derrubar João Goulart e implantar a ditadura? Medo. Medo de que acontecesse no maior e mais importante país da América Latina o que havia acontecido em Cuba: a instauração do comunismo. João Goulart vinha desenvolvendo um governo de viés popular, que tinha como dois pontos de destaque a reforma agrária e a crítica ao lucro desenfreado de multinacionais em detrimento do Brasil. Isso fez com que Lincoln Gordon pintasse para a Casa Branca um quadro altamente comunista de Goulart e colaborasse para a queda do regime democrático.

Camilo Tavares entrega um filme obrigatório para qualquer brasileiro. Não apenas por sua importância histórica, mas, igualmente, por seu caráter extremamente atual. O assunto ganha destaque nesse contexto contemporâneo de manifestações organizadas em favor da volta do regime ditatorial no País. A facilidade com que as mais diferentes opiniões e mensagens proliferam-se nesta era das redes sociais passa a impressão de que ficou muito mais fácil reescrever a História ao gosto dos interesses – e das ideologias – de pequenos grupos. Fundamentando-se na consulta a múltiplas fontes, o cineasta não só esmiúça detalhes pouco conhecidos desse capítulo da trajetória nacional como, também, lança o convite para que tudo isso fique no passado.