sexta-feira, 31 de julho de 2020

Projeto de Vida: Profissões para quem gosta de explorar a criatividade

Nestas profissões, a criatividade será sua maior ferramenta de trabalho


A criatividade é uma característica que pode ser extremamente útil em qualquer carreira. Por mais tradicional que seja a profissão que escolher, a habilidade de pensar de maneiras diferentes e propor uma ideia nova será um grande diferencial.

Mas existem algumas áreas que permitem explorar a criatividade de uma forma mais intensa e nas quais ela será sua maior ferramenta de trabalho. Se você se interessa por profissões desse tipo, que tal conferir a lista que preparamos?

Design Gráfico

O designer gráfico é responsável pela criação de projetos gráficos para publicações, anúncios e vinhetas de TV e internet. Sempre buscando tornar a comunicação mais eficiente e agradável, este profissional escolhe as fontes que serão usadas nos textos, define o tamanho das colunas de uma página impressa, seleciona e padroniza cores e ilustrações, cria grafismos e cuida da programação visual de marcas veiculadas em anúncios e campanhas. 

No campo digital, ele pode elaborar sites, templates, peças criativas com finalidade publicitária e veiculação online e, dependendo das suas capacidades e foco, pode desenvolver ilustrações e vídeos em motion (edição de vídeos animados e com mais elementos).

Design de Interiores

Este profissional trabalha com a ambientação de espaços residenciais e comerciais, levando em conta a estética, o conforto, a funcionalidade e, principalmente, a necessidade e os desejos do cliente. Como ele define os materiais de revestimento e acabamento, a iluminação, as cores e a distribuição de móveis, objetos e obras de arte, o dia a dia de trabalho envolve o contato com arquitetos, marceneiros, pedreiros, pintores e eletricistas. 

O designer de interiores também pode montar instalações temporárias, como feiras e eventos ou estandes de vendas de imóveis.

Publicidade

O publicitário cuida da criação de campanhas e peças publicitárias, desde a apresentação de um produto ou serviço ao consumidor, a maneira que decide promover sua venda até a garantia da boa imagem da marca ou empresa junto ao público.

Além de pesquisar o perfil do público-alvo, levantando dados como idade, escolaridade, renda, costumes e hábitos de consumo, desenvolve a arte de embalagens, cria logotipos para produtos e empresas e produz material promocional impresso, como cartazes e folhetos.

Quem decide seguir essa área também pode escolher a abordagem e os meios de comunicação mais adequados à campanha (anúncios, comerciais de rádio, televisão e cinema, ou banners e em sites); criar os textos e as imagens para a publicidade impressa e roteiros de vídeos para campanhas de TV e internet; sugerir detalhes e coordenar os trabalhos de produção. 

Produção Audiovisual

O produtor audiovisual cuida principalmente da parte técnica de uma produção. Ele opera câmeras e equipamentos de cinema e vídeo, aparelhos de iluminação, sonorização e edição. Também pode elaborar roteiros e compor equipes que produzem documentários e vídeos para cinema, televisão e meios digitais. 

Este profissional viabiliza as gravações ou filmagens, definindo as locações, preparando os equipamentos, montando as imagens ou captando o som.

Arquitetura e Urbanismo

O arquiteto projeta, coordena a construção e organiza casas, prédios, edificações, espaços internos e externos, de acordo com critérios de estética, conforto e funcionalidade. Obedecendo aos regulamentos legais e às normas técnicas, ele faz a planta, determina os materiais que serão utilizados na obra, considera o uso do imóvel, a disposição dos objetos, a ventilação, a iluminação, a acústica e a manutenção pós-construção. Além disso, deve levar em conta os impactos ambientais que a construção pode causar.

Design de Moda  

Este profissional, especializado no desenho de roupas, estampas e acessórios, é responsável por criar vestidos, calças, joias, cintos, bolsas e calçados, levando em consideração uma série de critérios, além da estética. Para isso, ele precisa se manter constantemente informado sobre os estilos e as tendências de moda.

Como gestor de empresas de confecção, pesquisa o mercado consumidor, estabelece estratégias de marketing e cuida da promoção de vendas do negócio. Na indústria têxtil, cabe a ele fazer a aquisição de matérias-primas, assim como o desenho de estampas. Ele também pode trabalhar no departamento de compras ou prestar assessoria de moda para lojas de grande porte. Nesse caso, o profissional define a disposição dos produtos nas vitrines e escolhe as coleções. 

Artes Plásticas

O artista plástico cria desenhos, pinturas, gravuras, esculturas ou colagens, utilizando elementos visuais e táteis para representar o mundo real ou imaginário. Para produzir suas peças pode usar uma série de materiais, como papel, tinta, gesso, argila, madeira e metais, programas de computador e outras ferramentas tecnológicas. 

Seus trabalhos podem ser expostos em galerias, museus ou lugares públicos, ilustrar livros e revistas. Além disso, por meio de técnicas de animação, editoração eletrônica e digital, o profissional pode produzir vinhetas para TV e sites.

Fonte: Guia do Estudante

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Projetos de Vida para quem gosta de Política

7 profissões para quem gosta de política

Quem opta por essa área pode explorar diversos caminhos


Se você já sonhou em entrar para a política, é possível que tenha se questionado sobre qual a melhor forma de começar. Embora ter um curso universitário não seja uma exigência para ingressar nesse mundo, é importante estar capacitado para as responsabilidades que irá assumir. Por isso, separamos sete profissões ideais para quem deseja seguir a carreira. Confira:

Relações Internacionais

É a condução das relações entre povos, nações e empresas nas áreas política, econômica, social, militar, cultural, comercial e do direito. Esse profissional analisa o cenário mundial, investiga mercados, risco de conflitos e a situação política das nações, avalia as possibilidades de negócios, parcerias e cooperação internacional e aconselha investimentos e projetos no exterior.

Pode representar os interesses de um país, estado ou cidade no exterior em negociações em torno de projetos de intercâmbio e de ações promocionais nas áreas de turismo, negócios e educacional, entre outras. O campo de atuação desse profissional é amplo, podendo trabalhar em ministérios, embaixadas, ONGs, prefeituras, governo estadual e empresas privadas. 

Direito

É a ciência que cuida da aplicação das normas jurídicas vigentes em um país, para organizar as relações entre indivíduos e grupos na sociedade. Zelar pela harmonia e pela correção das relações entre os cidadãos, as empresas e o poder público é a função do bacharel em Direito.

Por ser uma carreira que exige muito embasamento teórico sobre as leis, a Constituição e o funcionamento da política no país de forma geral, o Direito é uma forma comum de de começar uma carreira política. Mais da metade dos presidentes da história do Brasil teve formação jurídica.

O historiador estuda os diversos aspectos do passado humano, como economia, sociedade, cultura, ideias e cotidiano. Além disso, interpreta criticamente os acontecimentos, buscando resgatar a memória e ampliar a compreensão da condição humana.

Por dominar os acontecimentos históricos e seus desdobramentos, o historiador consegue analisar o cenário atual e avaliar se certos problemas que enfrentamos no passado podem se repetir de alguma maneira. Além disso, por entender como funciona a cultura de determinada região e sua história, é capaz de propor projetos que sejam compatíveis com diferentes realidades. 

Administração

O administrador gerencia recursos financeiros, materiais ou humanos de uma empresa. É sua função definir estratégias e gerenciar o dia a dia da organização, traçando metas, criando políticas internas, realizando auditorias e analisando resultados. Ele tem lugar em praticamente todos os departamentos de uma organização pública, privada ou sem fins lucrativos. 

Ciências Sociais

Esse bacharel analisa os conflitos sociais, a construção das identidades e a formação das opiniões. Pesquisa costumes e hábitos e investiga as relações entre indivíduos, famílias, grupos e instituições.

Além disso, consegue interpretar os problemas da sociedade e da política, estudando movimentos sociais, a formação dos partidos e toda a formação de sistemas políticos, desde a estrutura até os seus impactos na sociedade.

Fonte: Guia do Estudante

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Você gosta de Psicologia?


8 documentários para quem gosta de Psicologia
As obras exploram o funcionamento da memória, dos sonhos, das ações involuntárias e da felicidade
Por Julia Di Spagna


Já parou para pensar em como as nossas memórias se formam? Ou qual a origem dos nossos preconceitos? E, afinal, por que sonhamos e qual é o mecanismo que o nosso cérebro usa enquanto estamos dormindo? Essas e diversas outras questões são respondidas nos documentários que separamos. Confira:


100 Humanos

Nessa série documental, um grupo de cem pessoas é submetido a diversos experimentos para testar teorias sobre felicidade, relacionamentos, preconceito, idade e atração. Confinadas em uma espécie de laboratório, elas respondem perguntas e participam de jogos propostos pelos apresentadores. 

Disponível na Netflix


Happy 

O documentário apresenta diversas histórias e pessoas com diferentes visões sobre o que é felicidade. Mas muito além de apenas contar a trajetória de cada uma, a obra desperta questões para a sua autorreflexão e apresenta vários estudos científicos sobre o tema.

Disponível no YouTube.


A Invenção da Psicanálise

Quem se interessa pela área não pode deixar esse documentário de fora da lista. Além de mostrar uma pesquisa aprofundada sobre o assunto, a obra reúne uma série de imagens e vídeos raros de grandes nomes da psicanálise, como Sigmund Freud e Carl Jung. 

Disponível no YouTube.

Um Encontro com Lacan

Jacques Lacan foi um psicanalista francês que se tornou um dos maiores nomes da área. O documentário não apenas conta sua história, mas explica suas teorias, o pensamento que defendia e como sua trajetória está atrelada ao desenvolvimento da psicanálise.

Disponível no YouTube.

Explicando – A Mente



Explicando é uma série documental que explora diversas questões contemporâneas, como o coronavírus, a ascensão de moedas digitais e o k-pop. Na edição Mente, são cinco episódios que explicam o funcionamento da memória, dos sonhos, da ansiedade, da meditação e das drogas psicodélicas.

Disponível na Netflix.


Truques da Mente



Truques da Mente é uma série documental que desvenda o funcionamento do cérebro. De uma forma que o espectador interaja, a série explora diferentes situações do cotidiano para exemplificar qual seria a reação da nossa mente.

Desde o funcionamento da memória seletiva até a importância do medo para a sobrevivência, Truques da Mente apresenta jogos de ilusão de ótica, propõe experimentos que podem ser feitos em casa e testa convidados para mostrar como o cérebro pode nos enganar.

Disponível no NOW.

O Cérebro Inconsciente

A maioria das ações que realizamos ao longo de um dia, como abrir uma porta ou mudar de canal, é feita de maneira inconsciente quando o cérebro está em uma espécie de piloto automático. O documentário, que conta com a participação de diversos neurocientistas, explica como esses processos funcionam e afetam a nossa atenção, percepção e memória. 

Disponível no YouTube.

Jogos Mentais

Transmitido pela National Geographic, o documentário destrincha o funcionamento do cérebro e como ocorrem as reações voluntárias e involuntárias do nosso corpo. É interessante para entender melhor, por exemplo, o efeito placebo, nossa visão periférica e como a mente cria padrões quando observamos algo. 

Disponível no YouTube.
Fonte: Guia do Estudante

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Padrões?

Dica de Leitura: Amor Plus Size


"Maitê Passos é uma garota linda, de dezessete anos e mais de cem quilos. Ela passou a infância e a adolescência sendo resumida ao peso. Mas e quando é justamente esse o fator que pode mudar completamente a sua vida?
Em meio ao turbilhão do ensino médio, com uma mãe obcecada por dietas, um crush antigo por Alexandre, o cara mais gato da escola, e uma amizade deliciosa com Isaac, fotógrafo amador, Maitê vai descobrir que não precisa ser igual a todas as outras meninas para ser feliz.
Neste romance corajoso e cheio de reviravoltas, Larissa Siriani narra a história de uma jovem descobrindo seu lugar no mundo, construindo uma jornada incrível de autoconhecimento, aceitação e empoderamento."

Amor Plus Size é o romance jovem adulto de Larissa Siriani que traz o melhor do gênero: uma protagonista vivendo as angústias das paixões na adolescência, uma narrativa fluida e gostosa de se ler, além de um debate extremamente importante — os transtornos alimentares e a aceitação corporal. A autora também assina o romance de época "O Amante da Princesa" e, em parceria com Leo Oliveira, o conto "Todos Nós Vemos Estrelas".

Maitê está em seu último ano do ensino médio, acostumada em ter poucos amigos e enfrentando a luta diária em casa por conta do seu peso. Com mais de 100kg, ela não aguenta mais todas as dietas impostas pela mãe, nem as limitações em sua vida, já que o mundo ignora pessoas como ela. Quando sua paixão da escola parece finalmente notá-la, Maitê inicia um processo de transformação que a fará questionar quem, em primeiro lugar, deve ser a pessoa a enxergá-la como ela é.


O livro se inicia com uma cena do futuro, no qual a Maitê adulta e modelo Plus Size encontra uma jornalista para uma entrevista sobre sua carreira. Ela, então, permite-se relembrar sua trajetória, narrando para nós os acontecimentos da passagem dos seus 17 para os 18 anos que mudaram toda sua vida. Em primeira pessoa, mergulhamos em cada capítulo acompanhando os eventos cena a cena, como se eles estivessem acontecendo naquele instante. A linguagem de Larissa Siriani é clara, fazendo da leitura tranquila e agradável, além de facilmente envolvente. Não precisamos de muito para nos aproximarmos de Maitê e de suas emoções.

Ainda que em muitos aspectos Amor Plus Size retrate situações típicas da adolescência — preocupações com vestibular e carreira, a insegurança das primeiras paixões — e contextualize muito bem a vida da personagem nessa fase da vida — , o fato de Maitê ser gorda faz toda a diferença na história. Além de trazer uma representatividade pouco encontrada, obriga o leitor a enxergar o mundo pela perspectiva de alguém que está sempre às suas margens, forçado a todo instante a ter que mudar quem é para caber naquilo que a sociedade oferece. Mais do que tudo, a protagonista demonstra as diferentes faces da gordofobia, inclusive a que culpabiliza pessoas gordas por seu peso. E, indo além, Larissa Siriani aborda outro espectro da pressão estética, que leva à não-aceitação corporal: os transtornos alimentares. Foi importante que a autora tenha feito um paralelo entre um corpo gordo e um corpo magro sendo o segundo o não-saudável aqui, já que outra manifestação da gordofobia é a de sempre assumir que uma pessoa gorda é necessariamente alguém não-saudável. 


Além da escrita cativante, da temática relevante e da delícia de acompanhar os conflitos tão típicos dessa fase confusa da vida, o que mais chama atenção em Amor Plus Size é a jornada de amadurecimento de Maitê. É lindo, empoderador e inspirador vê-la se descobrir e aprender a, antes de qualquer coisa, amar quem ela é. Sua transformação acontece aos poucos e representa o quanto isso é um processo: mesmo avançando, Maitê continua tendo suas dificuldades e lutas diárias, o que soa muito verdadeiro.

No geral, Amor Plus Size é aquele tipo de livro que deveria ser lido por todos, independentemente da idade, mas que se faz ainda mais necessário ao público alvo a que se destina: é uma leitura que, teria feito diferença na vida de muita gente, caso pudessem ter lido quando mais novas. Felizmente, o livro existe hoje em dia e pode impactar as mais diversas pessoas por aí.
Fonte: Minha vida Literária

terça-feira, 21 de julho de 2020

É Extraordinário

Tratando-se dos temas empatia e humanidade, talvez não há leitura melhor que “Extraordinário”, de R.J. Palacio.





O livro foi #1 na lista de best-sellers do The New York Times e teve mais de 500 mil cópias vendidas por todo o Brasil. Apesar de ter sido lançado em 2012, quando fez algum sucesso, foi após o lançamento do filme “Extraordinário”, dirigido por Stephen Chbosky, que fez o livro voltar ao topo dos mais vendidos.

Extraordinário conta a história de Auggie, um garoto que possui uma deformidade facial que fez com que ele passasse por 27 cirurgias plásticas, e que só aos seus 10 anos de idade irá iniciar sua vida escolar. Com tramas paralelas, o livro conta também sobre a família de Auggie, sua relação com os pais, seus amigos e suas dificuldades.

Se você ainda não está convencido, aqui vai uma lista com seis motivos para você não deixar de ler Extraordinário:

6 MOTIVOS PARA LER O LIVRO EXTRAORDINÁRIO

1. A EMPATIA E RESPEITO ÀS DIFERENÇAS

Os personagens exercem o poder da empatia: eles vão fazer com que você se coloque no lugar do outro. A autora da obra, R.J. Palacio, deixa claro que o livro foi inspirado em uma situação real, vivenciada por ela e seus filhos. Isso fez com que ela entendesse o quanto esse assunto deveria ser discutido, e a inspirou a criar uma obra que lembrasse a todos como devemos respeitar as diferenças, sempre.

2. O LIVRO É INSPIRADOR

Em alguns momentos do livro encontramos frases inspiradoras que levam o leitor refletir sobre cada assunto tratado. O livro contém algumas crianças como personagens e explora não só o olhar de cada uma delas, mas seus sentimentos.



3. MOSTRA O QUANTO O BULLYING DEVE SER DISCUTIDO

Sem spoilers, claro, mas ao decorrer da história encontramos alguns casos de bullying, e a autora faz com que cada personagem demonstre seus sentimentos sobre esse assunto. Como um todo, sempre discutem o tema e como ele pode ser evitado.

4. É UM LIVRO CATIVANTE

R.J. Palacio sempre mantém um vínculo entre leitor, história e mundo. A autora está como 3ª pessoa durante todo o livro, levando o leitor a se envolver diretamente com a trama e com todos os personagens. Além disso, Palacio tem o cuidado de mostrar a visão particular de cada personagem sobre determinadas situações e assuntos. É um livro que você começa a ler e não larga mais.

5. AUGGIE VAI TE ENSINAR MUITAS COISAS

O personagem principal, Auggie, é apenas uma criança, mas tem muita a ensinar. No livro, ele mostra sua perspectiva sobre a vida e o amor, sempre com força e sem perder o carisma. E o mais importante de tudo, ele nunca perde sua essência.


6. O LIVRO POSSUI CONTINUAÇÕES

Quem gostou do universo de Extraordinário ficará feliz com isso. São continuações de alguns nichos e/ou personagens que apareceram durante o decorrer da história:

O Capítulo de Julian (2014)
365 Dias Extraordinários (2014)
Auggie & Eu – Três Histórias Extraordinárias (2015)
Shingaling: Uma História de Extraordinário (2015)
Pluto (2015)
Somos Todos Extraordinários (2017)
Fonte: Fala Universidades

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Um Diário Solicitado em Vestibular



Helena Morley começou a escrever Minha Vida de Menina com apenas 13 anos. Isso não significa que ela seja um prodígio da literatura: o livro nada mais é do que um diário adolescente sobre a vida na província. Ao mesmo tempo, é uma leitura saborosa sobre um momento histórico relevante: escrito entre 1893 e 1895, o diário de Morley, pseudônimo de Alice Caldeira Brant, retrata as relações sociais e econômicas em um Brasil afastado das grandes metrópoles e ainda muito marcado pela escravidão, abolida há menos de uma década.

Morley, apesar da pouca idade, era uma observadora atenta do seu entorno. Filha de mãe brasileira e pais inglês, ela conta, de forma sucinta e bem-humorada, conservando a ingenuidade e o espírito rebelde da adolescência, a relação com os pais, os tios e a avó, a decadência da mineração, a pobreza da família, a vida na escola e os hábitos provincianos de Diamantina, em Minas Gerais, onde nasceu.

Muitas vezes, a autora se limita a relatar acontecimentos de forma direta, sem emitir opiniões ou julgamentos, apenas transpondo para o diário o cotidiano. Nesses fragmentos, algumas passagens despertam atenção:

"Meu pai, precisando de algumas praças para o serviço que está fazendo no Bom Sucesso, pôs-se a indagar até saber que as Cunhas têm em casa dois negros que ainda foram do cativeiro e que elas costumam alugar para fora e dividir com eles o dinheiro, porque não estando alugados elas é que os sustentam. Meu pai e mamãe então se lembraram de passar na casa das Cunhas, na Rua do Bonfim, para contratar os negros. .Lá elas disseram que os negros já estavam alugados e no meio da conversa contaram que tinham dois irmãos chamados Geraldo e Anacleto que viviam em casa à toa, sem emprego. Mamãe, depois que elas disseram que os negros já estavam alugados, não prestou mais atenção à conversa das mulheres, deixou meu pai só ficar escutando. Mas quando ela ouviu nos dois que estavam em casa desempregados, mamãe disse: “Por que as senhoras não nos cedem Geraldo e Anacleto?”. As mulheres ficaram espantadas e meu pai teve de explicar que mamãe estava distraída e pensou que eles também eram negros."

O fim da escravidão não significou liberdade econômica para os negros, que continuavam dependentes de seus “donos”, ainda que em um regime diferente. Agora, em vez de escravos, eram “alugados”, tratados ainda como propriedade privada dos brancos. O preconceito, obviamente, era uma marca dessas relações, uma herança que contaminaria gerações por vir.

Como qualquer diário, a passagem do tempo também fica evidente nesta leitura, e nos leva a algumas curiosidades, como o fato de que somente os homens portavam relógios, deixando as mulheres literalmente no escuro.

Outra força motriz da vida em sociedade no local é a religião, que controla o ritmo dos acontecimentos, com as festas, as missas, as rezas, as ladainhas. Muito católica no lado materno, a família de Morley reza quase o tempo todo, embora o pai, descendente de ingleses, se abstenha dessa convicção. Já o Estado está virtualmente ausente, como nota a própria Helena, quando da eleição de Prudente de Morais para a presidência. O pai comemora, mas ela vê o acontecimento com ceticismo.

"Eu sempre digo a meu pai que não pode entrar na minha cabeça que tenha alguma influência para nós aqui na Diamantina mudança de presidente. Meu pai diz que tem toda, que o governo é uma máquina bem organizada e que o presidente sendo bom e fazendo bom governo beneficia o Brasil inteiro e chega até aqui para nós. Eu lhe disse que só poderia acreditar nisso se o presidente mandasse canalizar a nossa água e consertar o nosso calçamento."

A autora, que começou a escrever por incentivo paterno e seguiu com o hábito por exigências escolares, além de achar “mais fácil escrever o que se passava em torno de mim e entre a nossa família, muito numerosa”, acaba desenvolvendo uma consciência crítica sobre seu entorno, refletindo ainda sobre questões atuais como o papel da mulher na sociedade.

Acabou convencida pelas netas a publicar o livro, ainda que não acreditasse que as memórias de uma menina em uma cidade do interior, “sem luz elétrica, água canalizada, telefone, nem mesmo padaria”, pudessem interessar a alguém, tantas décadas depois. O fato é que o diário de Morley não é só uma leitura agradável, com episódios que nos fazem rir e relembrar as rebeldias da adolescência, mas um retrato importante de um período de grandes mudanças para o país, com o fim da escravidão e o início da República.

Não à toa, a leitura passou a integrar a lista de livros obrigatórios para a Fuvest, processo de seleção para ingresso na Universidade de São Paulo. Ainda que o cotidiano ali relatado tenha mais de 100 anos, é um sopro de frescor e jovialidade em uma lista dominada por velhos conhecidos.
Fonte: Achados e Lidos

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Ainda Falando sobre Diários

Escritores da Liberdade

Lançado em agosto de 2007, o filme, baseado em fatos reais, Freedom Writers (em português do Brasil traduzido como Escritores da Liberdade) foi um sucesso de público e crítica.

A história gira em torno da necessidade da criação de vínculos sociais em sala de aula.

O roteiro, assinado por Richard Lavagranese e Erin Gruwell, fala sobre os desafios enfrentados pela professora recém-formada Erin Gruwell com seus desobedientes alunos e a possibilidade de mudança através da educação.

O filme é baseado no livro best-seller The Freedom Writers Diaries, que reúne os relatos da professora e dos seus alunos.


Resumo
[Atenção, o texto a seguir contém spoilers]

A professora Erin Gruwell é a protagonista da comédia dramática passada em um subúrbio problemático norte-americano.

Ela é uma docente recém formada que leciona para o primeiro ano do Ensino Médio as disciplinas de inglês e literatura. Erin trabalha em uma escola da periferia, em Long Beach, Califórnia (Los Angeles).

O desafio enfrentado pela professora é grande: os alunos que encontra pelo caminho são marcados pela violência, pela descrença, pela desobediência, pela desmotivação e principalmente pelos conflitos raciais.

São jovens oriundos de famílias desestruturadas, vítimas de abandono e descaso. Na sala de aula, os alunos dividem-se naturalmente em grupos: os negros só interagem com os negros, os latinos andam com os latinos, os brancos conversam com os brancos.

Já na primeira aula ela percebe o obstáculo que terá pela frente. São alunos mal dispostos, que ignoram a sua presença, a desrespeitam, agridem uns aos outros e fazem pouco caso do material escolar.

A cena abaixo registra bem o impacto da postura dos alunos na atitude da professora. A docente fica simultaneamente perplexa e sem reação diante daquilo que vê:



Erin logo nota que aquilo que ela planejava para os alunos não encontra eco na plateia. Os adolescentes, cada vez mais desinteressados nos estudos, fazem com que a professora reveja a sua metodologia de ensino.

Motivada com a profissão e genuinamente interessada em encontrar soluções para cativar seus alunos, Gruwell busca novas alternativas. Aos poucos, os jovens se abrem e passam a chama-la carinhosamente de professora “G.”

Além dos obstáculos encontrados em sala de aula, Erin ainda precisa lidar com o marido pouco compreensivo que a espera em casa e com a diretora do colégio, uma senhora conservadora que se opõe ao trabalho proposto.

As alterações curriculares sugeridas pela professora pretendiam a aproximar dos alunos através da música, do diálogo e dos jogos. Gruwell desejava alterar a dinâmica vertical da relação entre professor e aluno.

Satisfeita com os resultados que vai percebendo no dia-a-dia, Gruwell decide ir além e investiga a vida pessoal dos jovens.

Aos poucos, conforme a professora vai ganhando a confiança dos alunos, eles começam a falar de si próprios, da violência cotidiana e da família problemática que quase todos têm.

Gruwell inaugura um projeto que convida cada aluno a escrever um amplo e livre diário. A ideia é registrar cotidiano, desde as relações travadas com os amigos e com a família até as ideologias pessoais e as leituras que estão fazendo, fizeram ou gostariam de fazer.

Erin cita o exemplo de Anne Frank e do seu diário
A professora acaba por convencer os jovens que o preconceito transcende todo tipo de barreira e pode atingir pessoas pela cor da pele, pela origem étnica, pela religião ou até mesmo pela classe social.

A professora começa a lecionar sobre a segunda guerra mundial e leva os alunos para conhecerem o Museu do Holocausto. Uma curiosidade interessante surge na cena do filme em que os alunos estão no jantar, no hotel, após a viagem ao museu do holocausto. Todos os personagens que ali estão são efetivamente sobreviventes dos campos de concentração que aceitaram participar do filme.




Em um de seus discursos mais comoventes, Erin sublinha a questão do preconceito e frisa a importância de lidarmos com a herança do passado que recebemos:

"A tarefa da educação é justamente a de apresentar o mundo as gerações do presente, tentando fazê-las conscientes de que comparecem a um mundo que é o lar comum de múltiplas gerações humanas. Ao conscientizá-los do mundo a que vieram, estas deverão compreender a importância de sua relação e ligação com as outras gerações, passadas e vindouras. Tal relação se dará, primeiro, no sentido de preservar o tesouro das gerações passadas, isto é, no sentido de a geração do presente tomar o cuidado de trazer a esse mundo sua novidade sem que isso implique a alteração, até o irreconhecimento, do próprio mundo, da construção coletiva do passado."

A verdadeira Erin Gruwell (na primeira fila, vestida com camisa rosa) e seus alunos.


Personagens principais

Erin Gruwell (interpretada por Hilary Swank)
Uma jovem professora comprometida com o ensino que, de repente, se vê rodeada por jovens que não consegue cativar. Interessada em comprometê-los dentro da sala de aula, Erin vai em busca de novas metodologias capazes de capturar a atenção dos alunos. Ao final de algum tempo, ela consegue recuperar a autoconfiança da turma e o respeito deles pela comunidade.

Scott Casey (interpretado por Patrick Dempsey)
O inconformado marido de Erin, Scott Casey é testemunha de todas as dificuldades encontradas pela professora na instituição de ensino.

Margaret Campbell (interpretada por Imelda Staunton)
A conservadora diretora da escola que acaba por não apoiar a revolução silenciosa promovida por Erin Gruwell.

Eva (interpretada por April L. Hernandez)
Uma adolescente latina que vive em gangues e tem péssimo comportamento na escola apresentando sempre uma postura combativa e de confronto.

A verdadeira Erin Gruwell e a Freedom Writers Foundation

A protagonista do filme Escritores da Liberdade é inspirada em Erin Gruwell, uma professora norte-americana nascida no dia 15 de agosto de 1969, na Califórnia.

Em 1999, Erin publicou o livro autobiográfico The Freedom Writers Diary: How a Teacher and 150 Teens Used Writing to Change Themselves and the World Around Them, que se tornou rapidamente um best seller. Em 2007, a sua história foi adaptada para o cinema.

Em 1998, Gruwell lançou a Freedom Writers Foundation, uma fundação que tem como intuito espalhar a sua vivência em sala de aula retirada do convívio com alunos considerados problemáticos.

A missão da Fundação é dar suporte a alunos e professores, fornecendo ferramentas que facilitem o aprendizado centrado no aluno, melhorando o desempenho acadêmico geral e aumentando a retenção de professores.

A verdadeira Erin Gruwell
Fonte: Cultura Genial

O Filme completo você pode encontrar no Netflix! 

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Um Diário Comovente

"O Diário de Anne Frank"

"12 de junho de 1942 – 1º de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de longos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente foi para Auschwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. A força da narrativa de Anne, com impressionantes relatos das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus, faz deste livro um precioso documento. Seu diário já foi traduzido para 67 línguas, e é um dos livros mais lidos do mundo. Ele destaca sentimentos, aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento. Um retrato da menina por trás do mito."



O Diário de Anne Frank é conhecido por ser um retrato fiel da aflição de uma família de judeus sob a mira do nazismo e o terror da Segunda Guerra Mundial. Traduzido em diversas línguas e adaptado para o cinema, a História da família Frank marcou a literatura e sem dúvidas deixou alguma marca também em cada um dos leitores que se debruçaram sobre ela em algum momento da vida.

Anne Frank era uma menina judia que vivia com sua família: seu pai Otto Frank, sua mãe Edith Frank e sua irmã Margot Frank. Anne adorava estudar e levava seus dias normalmente como qualquer garota da sua idade. Apesar de ter uma personalidade muito marcante, enfrentava suas dúvidas relacionadas à vida, ao primeiro amor, à incompreensão dos pais e a todas essas questões que permeiam a vida nessa idade. No entanto, quando sua irmã recebe uma carta para comparecer a um centro de concentração nazista, toda a estrutura familiar se altera. A família foge e se abriga num esconderijo, um anexo de um prédio de tamanho claustrofóbico em que mais tarde outra família se junta a eles. Trancados em um local pequeno, logo começam a surgir as dificuldades de convivência, o sofrimento por terem que passar seus dias presos lutando pela sobrevivência e o medo de serem descobertos. Anne escreve tudo em seu diário, os horrores e todo o sofrimento que passaram.



O fato de ser o relato de uma adolescente fez toda a diferença, pois Anne depositou em seus escritos toda sinceridade e entrega próprias dessa fase da vida, mostrando-se como uma menina extremante inteligente e cheia de ideias bem articuladas e à frente do seu tempo. Em meio a todo o sofrido contexto histórico da época, conhecemos de perto os gostos, hábitos, qualidades e defeitos de Anne e das pessoas que ficaram isoladas com ela. Desse modo, o livro não é só um relato sobre os terríveis acontecimentos envolvendo o período da Segunda Guerra Mundial, mas também sobre a inocência roubada de uma menina que queria apenas viver sua vida e concretizar seus objetivos, de uma família que viveu o medo diário da morte, de uma história real e triste que poderia ser contada de várias formas, mas essa certamente foi uma das mais incríveis e realistas, pois saiu das mãos de quem a viveu e de quem sentiu na pele o lastro de terror que o nazismo deixou.


A história emociona, a escrita nos toca e o envolvimento que temos com Anne no decorrer do seu diário nos fragiliza no final da leitura e nos deixa indignados e impressionados com a capacidade de tamanha crueldade que um ser humano pode alcançar. Recomendo demais a leitura, é um relato de vida forte, inteligente e sensível que foi incrivelmente brindado com essa nova edição de capa dura, repleta de fotos e muito bem cuidada, um verdadeiro presente e mais que merecido destaque e atenção a uma obra clássica e importante da literatura que todos, sem exceção, deveriam ler.
Fonte: Minha Vida Literária

Você também pode ler "O Diário de Anne Frank" em HQ

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Um pouco de humor inteligente para vocês!


“Dont repair the mess. The house is yours. I make question. Pardon anything. Go with god. Come back always.” Publicada em Julho de 2014, a crônica que dá título a este volume, que cria uma conversa imaginária de um brasileiro com um gringo visitando o Brasil durante a copa, rapidamente se tornou um viral de internet, até ser comentada em artigo do Washington Post. Trata-se de uma amostra da verve humorística embebida de zeitgeist, crítica ferina e muito afeto de Gregorio Duvivier, um dos autores mais promissores do Brasil na atualidade. Reunindo o melhor de sua produção ficcional, Put some farofa traz textos publicados na Folha de S.Paulo e esquetes escritos para o canal Porta dos Fundos, além de alguns inéditos. Se Gregorio traz o raro dom da multiplicidade, tendo se destacado no cenário cultural brasileiro ao mesmo tempo como ator, roteirista, comediante, cronista e poeta, também múltiplo é este volume, que transita entre ficções, memórias de infância, ensaios sobre artistas que o influenciaram, artigos panfletários, exercícios de linguagem e outras experimentações. Os textos vão da pauta que está sendo debatida naquele dia no jornal ao completo nonsense; do amor ao ódio, do íntimo ao universal. No conjunto, o que espanta no autor é o frescor, a coragem, a visão transformadora e, sobretudo, a capacidade inesgotável de se renovar a cada semana, contando sempre com a inteligência e a sensibilidade do leitor.




O livro se divide em três partes, cada uma composta por textos de assuntos diversos. Por todo o conteúdo, é possível encontrar desde crônicas carregadas de humor, algumas beirando o nonsense, até outras politizadas, críticas e reflexivas ou, então, sentimentais e emotivas.

“Assento: põe-se embaixo. Acento: põe-se em cima.

(…) Cumpridas: as leis não são. Compridas: as leis são.
(…) Discriminar: o que é feito com o usuário de drogas. Descriminar: o que deveria ser feito com ele.
(…) Golfinho: baleia extrovertida. Tubarão: golfinho sociopata.”

“Nuances”, páginas 100 e 101


Seja qual for a característica predominante de cada crônica, é visível o quanto cada uma dela é dotada de sensibilidade. Gregório demonstra plena noção do mundo ao seu redor e consegue transmitir em suas palavras suas impressões, opiniões e reflexões, independentemente se em forma de humor ou não. Também, consegui ter certa noção de como sua mente, rápida e criativa, funciona, visto que ele também consegue demonstrar isso ao leitor. De modo geral, são muitas as passagens em que nos deparamos completamente admirados por sua habilidade e domínio com as palavras.
“O que entendi é que é melhor desistir de entender. O roteirista da vida é preguiçosíssimo. Personagens queridos somem do nada. Personagens chatíssimos duram pra sempre. Tem episódios inteiros de pura encheção de linguiça e, de repente, tudo o que deveria ter acontecido numa temporada inteira acontece num dia só. As coincidências não são críveis – e numerosas demais. A vida é inverossímil.”
“Spoilers”, página 197



Fazendo uso de uma linguagem ora coloquial, ora mais formal, cada forma de sua escrita tem um propósito definido e, independentemente de como se apresente, o estilo é único: o estilo Duvivier, extremamente fluido, sagaz, convidativo e capaz de entreter o leitor.

Put Some Farofa é um livro que pode ser lido aos poucos, sendo calmamente degustado, algumas crônicas por dia. Contudo, é quase impossível não se render à voracidade e devorá-lo inteiro em poucas horas. 


quinta-feira, 9 de julho de 2020

Que lugar você quer ocupar no mundo?

Sugerido pelo curso "Da Educação Integral ao Ensino Integral - 1ª Edição/2020", esse vídeo é fala sobre o Projeto de Vida de Camila Agone. Uma jovem engajada que aprendeu cedo a amar a ciência. 
Empreendedora e estudante de engenharia na Universidade Federal do ABC, ex-aluna da rede pública, ainda no Ensino Médio ganhou um prêmio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo com um projeto sobre o poder medicinal da embaúba.
Assista! Motive-se e faça acontecer em sua vida! Você consegue!


Fontes: Curso Inova "Da Educação Integral ao Ensino Integral - 1ª Edição/2020" e YouTube

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Falando sobre o Cyberbullyng...

O termo “Cyberbullying” corresponde às práticas de agressão moral organizadas por grupos, contra uma determinada pessoa e alimentadas via internet.

Em outras palavras, o “cyberbullying” é um assédio moral que corresponde à manifestação de práticas hostis (via tecnologias da informação). Esse bullying virtual tem o intuito de ridicularizar, assediar e/ou perseguir alguém de forma exacerbada.

Com o aumento do uso de redes sociais, esse tipo de prática discriminatória e vexatória tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, sobretudo, entre os jovens.

Características e Consequências


As comunidades virtuais, os e-mails, as redes sociais, os blogs e os celulares são meios de convivência dos jovens, nessas vias, eles se expõem publicamente, fazem amigos e compartilham ideias.

O “cyberbullying” é a violência virtual que ocorre geralmente com as pessoas tímidas e indefesas, ou simplesmente por não caírem na simpatia dos tiranos.

Pesquisas revelam dados assustadores sobre os ataques por meio da internet, onde um em cada dez jovens já sofreu ataque virtual.

Normalmente, os agressores criam um perfil falso na internet com o objetivo de intimidar e ridicularizar sua vítima, o que é feito através de montagens de fotos pornográficas com o rosto do agredido, por exemplo. A pessoa que comete o cyberbullying é chamado de "cyberbullie".

Importante destacar que o “cyberbullying” pode trazer consequências drásticas, como a morte ou suicídio de alguém.

Isso ocorre em maior número entre os jovens, os quais apresentam grandes dificuldades de lidar com os problemas. Assim, eles se isolam, entram em depressão e, em alguns casos, necessitam de apoio psicológico.

Entre adolescentes, jovens e estudantes, esses conflitos são comuns e fazem parte da afirmação da identidade. Pesquisas apontam que, entre os adolescentes, esse tipo de prática é mais comum nas meninas.

Infelizmente, o uso da internet para a organização de ataques à honra das pessoas tem sido uma prática muito comum. Essas ações têm causado grandes estragos na vida da pessoa agredida.

Assim, muitas pessoas enfrentam as consequências de páginas intituladas “Eu odeio fulana”, onde a vítima, na maioria os grupos minoritários (mulheres, negros, homossexuais, etc.), vira alvo de todo tipo de xingamento.

Como evitar o Cyberbullying?


Para evitar o perigo de manipulação dos jovens na internet, a orientação e vigilância dos pais torna-se muito importante. Isso previne que eles sejam vítimas de agressores que buscam alvos fáceis para praticar suas tiranias.

Algumas práticas simples devem ser observadas, entre elas:

  • Instruí-los a não aceitar convites de estranhos nas redes sociais;
  • Comunicar imediatamente aos pais, caso seja vítima de agressão on-line e denunciá-lo ao site;
  • Evitar que exponham fotos e vídeos pessoais na rede, que possam vir a ser usados para montagens maldosas;
  • Instalar programas que controlem o acesso a determinados sites;
  • Monitorar os sites acessados por meio do histórico do navegador;
  • Dizer que ao se postar comentários ou e-mails agressivos na rede, o responsável poderá ser responsabilizado judicialmente.
Bullying x Cyberbullying

O “bullying” (tirano, bruto) descreve as agressões praticadas de forma contínua às pessoas que, segundo os agressores, não se enquadram nos padrões “normais”.

O “cyberbullying” ou “bullying virtual” é a versão do mesmo fenômeno, o qual se estendeu para as redes sociais.

Fonte: Toda Matéria

quinta-feira, 2 de julho de 2020

SÓCRATES: UMA VIDA EXAMINADA



O documentário “Sócrates: Uma vida examinada” aborda a obra e o pensamento de Sócrates, destacando questões como “O que é filosofia?”, “Qual é o papel do filósofo?”, “Como a filosofia faz parte da vida de alguém?”… Trata-se de uma ótima oportunidade para conhecer melhor a vida e o pensamento do filósofo.